Fibra alimentar refere-se aos componentes de plantas ou
carboidratos análogos que são resistentes à digestão e absorção no intestino
delgado humano. A American Dietetic Association recomenda ingestão de 20-35g de
fibras ao dia. Evidências sugerem que uma dieta rica em fibras traz benefícios
à manutenção da saúde, redução de risco e tratamento de doenças crônicas como a
obesidade, doenças cardiovasculares, diverticulite e diabetes. As fibras são
classificadas de acordo com a sua solubilidade em solúveis e insolúveis, com
efeitos fisiológicos distintos. As insolúveis são responsáveis pelo aumento do
bolo fecal e diminuição do tempo de trânsito intestinal. As solúveis retardam o
esvaziamento gástrico e a absorção de glicose diminuindo a glicemia
pós-prandial e reduzem o colesterol sérico devido à sua característica física
de conferir viscosidade ao conteúdo luminal. As beta-glucanas são fibras
altamente viscosas e seu consumo está relacionado à atenuação da resposta
glicêmica e insulínica pós-prandial. A beta-glucana tem efeito sobre a
degradação do amido e sobre o carboidrato disponível e conseqüentemente, sobre
o índice glicêmico dos alimentos ingeridos. Recomenda-se sua ingestão com o
objetivo de modular a glicemia e a necessidade de insulina, no tratamento da
obesidade, doenças cardiovasculares e do diabetes. Este trabalho visa fornecer
uma visão geral sobre beta-glucanas no tratamento do diabetes.
Unitermos: Fibras alimentares. Beta-glucanas.
Diabetes/tratamento. Glicemia.
De acordo com a solubilidade em água a fibra alimentar é
classificada em 2 grupos distintos: fibras solúveis e fibras insolúveis e sua
atividade fisiológica é determinada com base na solubilidade.
As fibras responsáveis pela diminuição do colesterol são as
beta-glucanas presentes no farelo de aveia, cevada e no psyllium, que já foram
estudadas e receberam a aprovação da Food and Drug Administration, que autorizou a declaração de alimento benéfico à saúde. Os
alimentos que contém pelo menos 0,75g de beta-glucanas/porção e 1,7g de
psillyum/porção podem reduzir o risco de doenças do coração.
• Beta-glucanas
As glucanas são polissacarídeos lineares, não ramificados,
compostos por unidades de beta-glucanas, unidas por ligações (1 → 3) e (1 → 4) cuja irregularidade molecular se reflete na sua
propriedade de solubilidade em água. Fazem parte das paredes celulares dos
grãos, com concentração aumentada na camada sub-aleuroma, endosperma amiláceo e
camada aleuroma. As beta-glucanas resistentes a processos digestivos, formam
soluções viscosas em contato com a água e são pseudoplásticas (Wood et
al., 1994).
A alta viscosidade de alimentos ricos em beta-glucanas depende da
sua solubilidade, concentração e do peso molecular. Em baixas concentrações, as
soluções de beta-glucanas se comportam como uma solução newtoniana; entretanto,
em concentração superior a 0,2%, as moléculas formam um emaranhado viscoso e
pseudoplástico, conferindo as propriedades físico-químicas da fibra. O
processamento do alimento pode afetar propriedades como a solubilidade,
contribuindo para a diminuição da viscosidade de alimentos ricos em
beta-glucanas (Antilla, Sontag-Strohm, Salovaara, 2004).
As beta-glucanas estão presentes em alta concentração na parede
celular das células dos grãos de aveia (Avena sativa L.). O farelo de
aveia é produzido a partir das camadas mais externas do grão de aveia
(principalmente a camada aleuroma e sub-aleuroma), já a farinha, pobre neste
tipo de fibra, é produzida após a moagem do flocos quando existe separação
mecânica do farelo (De Sá, Francisco, Soares, 1998).
Em estudo cujo objetivo era avaliar a composição centesimal e o
teor de beta-glucanas em cereais e derivados, Fujita e Figueroa (2003)
demonstraram que os grãos de aveia e cevada são os que apresentam teor mais
elevado de beta-glucanas. Nos produtos comerciais o maior teor de fibra se
encontra no farelo de aveia que contém 9,68% de beta-glucanas, seguido dos
flocos de aveia com 7,03%. O estudo sugere que os teores de fibra podem variar
com a safra e com fatores genéticos ligados ao grão (Fujita, Figueroa, 2003).
Este estudo corrobora o estudo de De Sá (1998), que avaliou a
concentração de beta-glucanas no cultivar da aveia e produtos produzidos a
partir desta, verificando se existia alteração no teor da fibra durante o seu
processamento. Os resultados demonstraram teor mais elevado de beta-glucanas no
farelo de aveia, com média de 9,5%, contra 3,74% na farinha de aveia. O estudo
conclui ainda que os tratamentos de estabilização, tostagem, corte e flocagem,
que ocorrem na industrialização, não alteram o teor de beta-glucanas nos
produtos finais (De Sá, Francisco, Soares, 1998).
Jenkins (1987) refere que a beta-glucana, sendo uma fibra solúvel,
pode aumentar a viscosidade do bolo alimentar, tornando a digestão mais lenta,
prejudicando a interação das enzimas pancreáticas com o substrato e diminuindo
desta forma a taxa de digestão dos carboidratos pela amilase pancreática. A
redução da taxa de absorção de carboidratos pelo trato digestório, limita o
aumento da glicemia pós prandial. Esta limitação se dá pela presença de fibras
que diminuem a digestão e absorção de carboidratos e pela fermentação
bacteriana parcial, que ocorre no intestino grosso, produzindo metabólitos que
afetam a ação da insulina (Jenkins et al., 1987). O mesmo autor, já
referia que a utilização de 3 a 6 gramas de beta-glucana por dia (o equivalente
a 40 gramas de farelo de aveia por dia) são suficientes para reduzir em até 5%
os níveis de LDL colesterol no plasma e reduzir os índices glicêmicos dos alimentos
ingeridos (Jenkins et al., 1978). Este estudo foi de muita
importância para a decisão da FDA, quando do reconhecimento desta
fibra como alimento funcional e protetor da saúde (FDA, 1997).
Com o intuito de avaliar que fatores, além da diminuição da digestão
e absorção de carboidratos, contribuem para o decréscimo da glicose pós
prandial após a ingestão de beta- glucanas, Battilana et al. (2001)
avaliaram 10 indivíduos saudáveis. Os indivíduos receberam por 2 dias uma dieta
de estabilização, isoenergética, contendo a mesma quantidade de macronutrientes
com presença ou não de 8,9g de beta glucana ao dia. Ao terceiro dia, os
indivíduos receberam uma refeição contendo ou não beta-glucana, a cada hora e
por 9 horas seqüenciais, mimetizando a lenta taxa de absorção de carboidratos.
Neste período foram avaliadas a concentração de insulina e a glicose pós
prandial. Os resultados demonstraram que a taxa de insulina foi modestamente
menor nos indivíduos que consumiram beta-glucana, nas últimas 3 das 9 h do
estudo, devido ao decréscimo no aparecimento da glicose sistêmica. Não houve
diferença significativa na redução da glicemia pós prandial e na taxa de
insulina, nas 6 primeiras horas do estudo; porém, houve uma redução de 12% da
glicose plasmática no grupo com beta-glucanas. Os resultados sugerem que a
redução da glicemia pós-prandial observada em estudos prévios é,
essencialmente, conseqüência dos efeitos das beta-glucanas sobre a taxa de
absorção de carboidrato no trato digestório, e não um efeito dos produtos de
fermentação do cólon (Battilana et al., 2001).
O estudo do grupo de Tappy, na Universidade de Lausanne, Suíça,
demonstrou uma relação inversamente proporcional entre a quantidade de
beta-glucanas na forma de cereais matinais e o pico de glicose plasmática.
Foram avaliados dois diferentes tipos de café da manhã: um rico em fibras
solúveis com três diferentes concentrações de beta glucanas (4,0, 6,0 e 8,4 g),
e outro denominado "continental" (pão, leite, presunto e queijo),
pobre em fibras (0g de beta glucanas). Os indivíduos submetidos ao desjejum
contendo 4,0, 6,0 e 8,4g de beta-glucanas tiveram valores de pico de glicemia
33% (p<0 12="" 15="" 1996="" 25="" 2="" 30="" 30g="" 35g="" 45="" 4="" 50="" 58="" 5="" 60="" 62="" a="" acr="" acrescida="" ap="" apola="" appy="" as="" atrav="" avaliadas="" avaliou="" aveia.="" aveia="" basal="" base="" beta-glucana="" beta="" carboidratos="" carga="" coleta="" com="" compara="" comparados="" concluiu="" contendo="" continental.="" controlado="" da="" de="" demonstrou="" desenvolvido="" desjejum.="" desjejum="" dia="" diabetes="" diferentes="" diminui-se="" dm2="" do="" dois="" dos="" duos="" durante="" e="" efeito="" em="" estudo="" farelo="" foi="" foram="" fornecida="" g.="" g="" glic="" glicemia="" glicemias="" glicose="" glucanas="" gugloz="" horas="" i="" indiv="" inferiores="" ingest="" intervalos="" linha="" m="" mellitus="" menor="" menores="" mesma="" mesmo="" mica="" minutos="" n="" na="" nbsp="" no="" nos="" o="" oral.="" oral="" os="" ou="" oxidase="" p="" pelo="" plasm="" portadores="" positivo="" prandiais="" prandial="" produtos="" quando="" que="" randomizado="" realizado="" respectivamente="" resposta="" s-prandiais="" s-prandial="" s="" sangue="" scimo="" sem="" tappy="" tempos="" tica="" tipo="" todo="" um="" uma="" ursch="" veis="" vel="">et al.0>
, 2005).
O controle glicêmico próximo a níveis normais é o principal objetivo
no tratamento do diabetes, portanto a intervenção nutricional é de fundamental
importância. Sendo o carboidrato o maior determinante dos níveis glicêmicos pós
prandiais, deve-se considerar o tipo e a quantidade do mesmo presente na dieta.
A recomendação é de, no mínimo, 130 g de carboidratos/dia, de preferência os
complexos, ricos em fibras. Baseado nos vários estudos que comprovam o impacto
positivo das fibras solúveis na glicemia, um recente posicionamento da American
Diabetes Association (2007) refere que um adequado nível de glicose
sanguínea, próximo ao normal, é fundamental na prevenção das complicações
crônicas do diabetes e do aparecimento do diabetes tipo 2, sendo este um dos
principais objetivos no tratamento desta enfermidade. Indivíduos com alto risco
de desenvolver diabetes tipo 2 e indivíduos portadores de diabetes tipo 1 devem
ser encorajados a ingerir a recomendação de 14 gramas de fibra/1000 kcal em
alimentos contendo grãos integrais (American Dietetic Association - ADA,
2007).
A hipoglicemia noturna é um problema freqüente em crianças
portadoras de diabetes tipo 1 e estratégias terapêuticas para se evitar o risco
de hipoglicemias noturnas severas, são benéficas a estes indivíduos. Um estudo
(2000) realizado com 38 crianças, durante 12 noites consecutivas, avaliou a
influência de um lanche noturno acrescido de beta-glucana, na forma de
biscoitos e barras, comparado a um lanche convencional contendo iogurte. Os
resultados demonstraram uma ligeira melhora na resposta glicêmica apenas até as
2 horas da manhã (p<0 2000="" 27="" 5="" a="" ami="" ap="" de="" diferen="" foi="" hipoglicemias="" horas="" houve="" lanche="" mas="" n="" na="" ncia="" noturnas="" o="" ou="" preval="" que="" s="" schober="" seja="" span="" zidek=""> 0>
Na seqüência de estudos com fibras, para investigar a resposta
glicêmica pós prandial e a concentração de insulina, o grupo de Biorklund na
Universidade de Lund, Suécia (2005), enriqueceu uma bebida com 5 e 10 gramas de
beta glucana de aveia e cevada. Durante 3 semanas os indivíduos consumiram uma
bebida controle e nas 5 semanas consecutivas 4 grupos receberam uma bebida
contendo 5 ou 10 gramas de beta glucana e um grupo manteve a bebida controle.
Comparada com a bebida controle, 5 gramas de beta-glucana da aveia diminuíram o
colesterol total em 7,4% (p<0 19="" a="" em="" glicose="" i="">p0>
= 0,005)
e a insulina pós prandial em 33% (p= 0,025) em um período de 30 minutos.
A bebida contendo beta-glucana da cevada não demonstrou resultados
significativos. Os autores concluem que 5 gramas de beta-glucana da aveia em
bebidas, melhora o metabolismo da glicose e lipídios (Bjorklund et al.,
2005).
Recentemente, um estudo de Granfeldt et al. avaliou
o efeito da beta glucana presente em uma porção controlada de cereal,
enriquecido com farelo de aveia. Trinta e dois indivíduos saudáveis receberam
uma porção de cereal contendo 3 ou 4 g de beta glucana, que consumiram ao
desjejum juntamente com pão branco, manteiga e queijo. A refeição referência
foi a mesma que a teste, exceto pelo farelo de aveia que foi compensado por uma
quantidade maior de pão. Os resultados demonstraram que não houve diferença
significativa na glicemia e insulina pós prandial na refeição-teste contendo 3
g de beta glucana. Já a refeição-teste contendo 4 g de beta glucana apresentou
uma resposta glicêmica significativamente menor (p<0 a="" as="" comparada="" comparadas="" curva="" es-teste="" foram="" glicemia="" i="" insulina="" menores="" nas="" o.="" o="" padr="" para="" quanto="" reas="" refei="" se="" significativamente="" sob="" tanto="">p0>
<0 2007="" bjork="" nyberg="" ranfeldt="" span="">
Por ser menos palatável do que a aveia, são menos freqüentes os
estudos que utilizam a beta-glucana da cevada. Um estudo da Universidade de
Auckland, na Nova Zelândia, avaliou 18 indivíduos saudáveis entre 21 e 34 anos.
Todos apresentavam perfil lipídico normal, glicose de jejum e pressão arterial
normais. Os participantes foram randomizados para receber 4 tratamentos
distintos, que foram comparados entre si. Os tratamentos eram: refeição
controle rica em carboidratos; refeição rica em carboidrato + fibra; bebida
controle rica em carboidratos e bebida rica em carboidrato + fibra. A
suplementação de fibra continha 6,31 gramas de beta-glucana em 10gramas de
cevada e foi acrescida à geléia que foi servida com pão branco ou em uma bebida
isotônica adoçada com xarope de glicose. Foram coletadas amostras de sangue
venoso durante um período pós prandial de 6 horas e foram analisados: glicose,
insulina, HDL colesterol e LDL colesterol. Os resultados demonstraram resposta
positiva para a glicose pós prandial apenas na refeição com fibra (p<0 acrescida="" bebida="" da="" fibra="" i="" mas="" n="" na="" o="">p0>
>0,05). A área sob a
curva se apresentou 21% menor na refeição rica em carboidratos e acrescida de
beta glucana, quando comparada à refeição controle sem a fibra. Houve também
diminuição na área sobre sob a curva da insulina durante os 360 minutos da
refeição-teste, quando comparada com a controle. Não houve diferença
significativa no perfil lipídico, entre os tratamentos com e sem fibra. Os
autores sugerem que não houve resposta positiva na bebida com fibra, provavelmente,
por falta de tempo em se formar uma solução viscosa responsável pelo retardo do
esvaziamento gástrico e diminuição da absorção de nutrientes (Poppitt et
al., 2007).
• Beta-glucana e índice glicêmico
Jenkins et al. conceituaram índice glicêmico (IG)
como um método pelo qual os alimentos podem ser classificados com base no
impacto glicêmico, em relação à quantidade de carboidrato disponível no
alimento (Jenkins et al., 1981). Os alimentos são classificados com
base no seu potencial de aumentar a glicose sanguínea. De acordo com Sartorelli
e Cardoso (2006), influenciam esta resposta glicêmica a natureza do amido, a
presença de fibras alimentares e o teor de lipídeos e proteínas dos alimentos.
Na dieta habitual, o índice glicêmico demonstra, através dos valores de glicose
plasmática, a qualidade do carboidrato ingerido. A carga glicêmica é o produto
entre índice glicêmico e quantidade de carboidrato (Jenkins et al.,
2002). É uma medida de avaliação da quantidade e qualidade dos carboidratos
ingeridos na dieta (Foster-Powell, Holt, Brand-Miller, 2002). Uma dieta com
alimentos de baixo índice glicêmico têm como benefícios, a menor demanda de
insulina, melhor manutenção da glicemia e redução da lipidemia, e fatores
diretamente ligados à prevenção de doenças crônicas como a obesidade, diabetes
e doenças cardíacas.
O consumo de fibras solúveis e alimentos de baixo índice glicêmico
é o provável mecanismo que promove maior lentidão na digestão de nutrientes
pelo trato digestório (Jenkins, Jenkins, 1995). Neste sentido, Jenkins et
al. (2002) desenvolveram um estudo com o objetivo de determinar o
efeito da adição de beta-glucana, na diminuição do índice glicêmico de produtos
com base em aveia (Avena sativa L). Foram estudados 16 portadores de
diabetes mellitus tipo 2, os quais receberam 50g de carboidrato na forma de pão
branco, cereal matinal à base de aveia e 2 alimentos protótipo enriquecidos com
beta-glucana.
Testes de glicemia capilar foram feitos em jejum e nos tempos pós
prandiais 30 até 180 min . Os protótipos ricos em fibra solúvel
apresentaram índice glicêmico mais baixo, em torno de 4 unidades por grama de
beta-glucana, em relação ao pão branco e cereal comercial; sugerindo esta fibra
como um componente funcional para se controlar a glicemia pós-prandial.
Uma avaliação do Framingham Offspring Study demonstrou
que dietas com baixo índice glicêmico estão associadas à diminuição do risco da
síndrome da resistência à insulina (McKeown et al., 2004). Um
trabalho de Cavallero et al. (2002) demonstra que a inclusão
de 6g de beta-glucana, diminui o índice glicêmico dos alimentos na média de 4
unidades por grama de beta-glucana, o que torna esta fibra um potencial
adjuvante no tratamento do diabetes. Em estudo de 15 semanas com crianças
obesas, houve diminuição do peso corporal nas crianças que receberam dieta de
baixo índice glicêmico, quando comparadas com as que receberam dieta com
gordura reduzida (Spieth et al., 2000). Em estudo de longa duração,
foi demonstrado que os níveis de insulina em jejum foram reduzidos nos
indivíduos tratados com dietas de baixo índice glicêmico (Slabber et
al.,1994). No EURODIAB complications study(2001), 3000 adultos
portadores de diabetes mellitus tipo 1 consumiram uma dieta com baixo índice
glicêmico e apresentaram, independente da ingestão de carboidratos, gordura e
fibras, uma menor medida da circunferência cintura quadril e circunferência da
cintura (Toller et al., 2001). Baseado nas respostas científicas,
um trabalho da Organização Mundial da Saúde publicado em 2003 sobre dieta, nutrição
e doenças crônicas, considera possível o efeito preventivo de dietas com baixo
índice glicêmico, enriquecidas com fibras, em relação à obesidade e ao diabetes
(FAO/WHO, 2003).
CONCLUSÃO
As fibras estão presentes nos componentes da dieta ricos em carboidratos,
são resistentes à digestão e absorção no intestino delgado e sofrem fermentação
parcial no intestino grosso. São componentes principalmente de cereais e são
classificadas em solúveis e insolúveis. As fibras insolúveis são responsáveis
pela melhora do trânsito intestinal e as solúveis estão ligadas ao retardo do
esvaziamento gástrico, redução do colesterol sérico e modulação da glicemia,
por isso são importantes coadjuvantes na redução de risco e controle de doenças
como a obesidade, doenças cardiovasculares e diabetes.
As beta-glucanas são fibras solúveis, presentes em quantidades
elevadas no farelo de aveia e na cevada, que formam soluções viscosas e são
pseudoplásticas. A beta-glucana promove aumento da viscosidade do bolo
alimentar e retarda a absorção de nutrientes. A presença da beta glucana na
dieta pode reduzir o pico glicêmico pós prandial e pode, de forma
significativa, diminuir a quantidade de LDL colesterol no plasma sanguíneo.
Vários são os estudos para se determinar a influência da beta-glucana
sobre a glicemia de portadores de diabetes mellitus, utilizando-se
principalmente a aveia, a cevada ou enriquecendo alimentos com a fibra isolada.
Os resultados apontam para um efeito positivo no controle da glicemia
pós-prandial nas dietas contendo beta-glucana. Contudo, os estudos são
heterogêneos e os resultados devem ser avaliados com cautela. Estudos
utilizando ratos como modelo podem apresentar um resultado positivo que não
necessariamente será reprodutível em humanos. A dieta fornecida juntamente com
a fibra também é um fator limitante nos estudos, pois interfere no metabolismo,
podendo mascarar o efeito da fibra. A maioria dos estudos utiliza ambientes e
dietas altamente controlados o que não reflete verdadeiramente a resposta
metabólica diária. Há necessidade de estudos em humanos no seu ambiente normal
e consumindo sua dieta habitual, para que se tenha noção do quanto a fibra,
incorporada a uma refeição completa, pode interferir na resposta glicêmica.
Indivíduos que apresentam doenças cardiovasculares, obesidade e
diabetes podem se beneficiar com dietas ricas em cereais como a aveia e a
cevada, os quais podem alterar positivamente o metabolismo de carboidratos e
lipídios. Mais estudos são necessários nesta área, em indivíduos portadores de
diabetes sob insulinoterapia intensiva e, de preferência, em ambientes não
controlados.
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There are some natural remedies that can be used in the prevention and eliminate diabetes totally. However, the single most important aspect of a diabetes control plan is adopting a wholesome life style Inner Peace, Nutritious and Healthy Diet, and Regular Physical Exercise. A state of inner peace and self-contentment is essential to enjoying a good physical health and over all well-being. The inner peace and self contentment is a just a state of mind.People with diabetes diseases often use complementary and alternative medicine. I diagnosed diabetes in 2010. Was at work feeling unusually tired and sleepy. I borrowed a cyclometer from a co-worker and tested at 760. Went immediately to my doctor and he gave me prescription like: Insulin ,Sulfonamides,Thiazolidinediones but Could not get the cure rather to reduce the pain but brink back the pain again. i found a woman testimony name Comfort online how Dr Akhigbe cure her HIV and I also contacted the doctor and after I took his medication as instructed, I am now completely free from diabetes by doctor Akhigbe herbal medicine.So diabetes patients reading this testimony to contact his email drrealakhigbe@gmail.com or his Number +2348142454860 He also use his herbal herbs to diseases like:SPIDER BITE, SCHIZOPHRENIA, LUPUS,EXTERNAL INFECTION, COMMON COLD, JOINT PAIN, EPILEPSY,STROKE,TUBERCULOSIS ,STOMACH DISEASE. ECZEMA, PROGENITOR, EATING DISORDER, LOWER RESPIRATORY INFECTION, DIABETICS,HERPES,HIV/AIDS, ;ALS, CANCER , MENINGITIS,HEPATITIS A AND B,ASTHMA, HEART DISEASE, CHRONIC DISEASE. NAUSEA VOMITING OR DIARRHEA,KIDNEY DISEASE. HEARING LOSSDr Akhigbe is a good man and he heal any body that come to him. here is email drrealakhigbe@gmail.com and his Number +2349010754824
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